Ilhas Turcas e Caicos (Turks and Caicos Islands)
![]() |
![]() |
O nome "Ilhas Turcas" deve-se à abundância natural, no arquipélago, de uma certa espécie de cacto cuja forma recorda um fez turco. "Caicos" são "baixios ou recifes grandes que chegam às vezes a formar ilhotas".
As Ilhas Turcas e Caicos ficam a sudeste de Mayaguana, nas Bahamas e a norte da ilha Hispaniola. Cockburn Town, a capital desde 1766, situa-se na Grande Turca, a cerca de a és-sudeste de Miami, nos Estados Unidos. As ilhas têm um total de. São geograficamente contíguas com as Bahamas, mas politicamente separadas destas.
O primeiro avistamento registado das ilhas hoje conhecidas como Turcas e Caicos ocorreu em 1512. Nos séculos seguintes, as ilhas foram reivindicadas por diversas potências europeias, tendo o Império Britânico acabado por controlá-las. Durante muitos anos foram governadas indiretamente através das Bermudas, das Bahamas e da Jamaica. Desde que as Bahamas se tornaram independentes em 1973, as ilhas receberam o seu próprio governador e permaneceram um território ultramarino britânico autónomo separado até hoje. Em agosto de 2009, o Reino Unido suspendeu a autonomia das Ilhas Turcas e Caicos no seguimento de alegações de corrupção ministerial. A autonomia foi restaurada após as eleições gerais de 2012.
As Ilhas Turcas e Caicos receberam esta denominação devido à existência de muitos melocactus, que em inglês são denominados "Turk's-cap cactus", e devido ao termo caya hico, que entre os lucaianos significa conjunto de ilhas. Os primeiros habitantes das ilhas foram o povo indígena Taíno, que atravessou o mar do caribe da Ilha de Hispaniola entre 500 e 800 A.C. Em conjunto com outros indígenas Taíno, que migraram da Ilha de Cuba para o Sul das Ilhas Bahamas à mesma época, ambos os povos se desenvolveram como "lucaianos". Por volta de 1.200 D.C, as Ilhas Turcas e Caicos foram recolonizadas por Taínos originários da Ilha de Hispaniola.
Após a chegada dos espanhóis nas Ilhas, no ano de 1492, estes passaram a capturar os indígenas Taíno e os lucaianos como escravos (tecnicamente, como trabalhadores para o sistema da encomienda), de modo a substituir a já diminuída e enfraquecida população nativa da Ilha de Hispaniola. Consequentemente, por volta de 1513 as Ilhas Bahamas localizadas mais ao Sul e as Ilhas Turcas e Caicos foram totalmente despovoadas, restando assim até o século XVII.
O primeiro europeu a documentar a existência das Ilhas foi o conquistador espanhol Juan Ponce de León, que o fez em 1512. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, as ilhas passaram pelos controles espanhol, francês e britânico, embora nenhum dos três jamais tenham estabelecido uma colônia fixa no local.